terça-feira, 2 de outubro de 2018

20 anos sem o Brasil no Oscar de melhor filme estrangeiro: O que separa o cinema nacional da estatueta?

 
 O Grande Circo Místico tenta colocar nossa cinematografia na premiação.

O cinema brasileiro atravessa um momento particular. Por um lado, nunca se fez tantos filmes quanto hoje, incluindo uma diversidade impressionante entre ficções e documentários, dos mais diversos gêneros. Uma safra talentosa de jovens cineastas tem aparecido com propostas ousadas (Affonso Uchôa, João Dumans, Adirley Queirós, Juliana Antunes, Gabriel MascaroJuliana Rojas, Marco DutraAlê Abreu etc.), enquanto os mais experientes se consolidam com projetos frequentes (Laís Bodanzky, Kleber Mendonça Filho, Anna Muylaert).
Por outro lado, os profissionais do cinema se inquietam com os novos rumos da Ancine, que tende a privilegiar os sucessos do cinema comercial em detrimento de um cinema jovem e vigoroso. Paralelamente, a produção nacional encontra dificuldade de repetir as bilheterias estrondosas das comédias populares recentes (especialmente aquelas estreladas por Leandro Hassum, Ingrid GuimarãesPaulo Gustavo e Fábio Porchat), enquanto os recursos têm sido escassos para a promoção e distribuição do cinema nacional.